Autor: charlesvneves

No último dia 9 de setembro ocorreu a visita dos funcionários da CODEMAR na Biofábrica. Os mesmos passaram por uma manhã de explanações a respeito do projeto que estão ajudando a construir. Puderam ver os tijolinhos de microrganismos em desenvolvimento e tiraram suas dúvidas sobre todo o processo e os próximos passos. A equipe AEQUOR agradece de coração o apoio destes que ajudaram na realização deste sonho!

’Lagoa Viva’ atua progressivamente e propicia equilíbrio ao ecossistema da região, eliminando mau cheiro e turbidez das águas

A Prefeitura de Maricá lança, nesta quinta-feira (26/08), o Programa Lagoa Viva, pioneiro na utilização de técnica de saneamento alternativo natural, sem química, e cujo resultado é a revitalização das águas. O primeiro passo prático será na Lagoa de Araçatiba, a maior da cidade, onde são esperados efeitos transformadores e visíveis, como a renovação do ecossistema, a eliminação do mau cheiro e a limpidez da água.

O método da Universidade Federal Fluminense (UFF) foi desenvolvido a partir de know-how japonês, com adaptação inovadora para Maricá, a partir da parceria firmada com a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (CODEMAR). A tecnologia é à base de bioinsumos (microorganismos vivos), sem química, sem quaisquer efeitos danosos ao ecossistema nem às pessoas.

“As lagoas são todas interligadas, e o tratamento é global. O ataque imediato com os bioinsumos na Lagoa de Araçatiba já vai desencadear o tratamento nas outras, porque Araçatiba interfere diretamente nas demais, formando um círculo virtuoso”, informa o presidente da CODEMAR, Olavo Noleto.

Prefeitura construiu Biofábrica para produção dos bionsumos

Os bioinsumos são produzidos em Maricá, no bairro de São José do Imbassaí, na Biofábrica construída pela prefeitura e que será inaugurada em 26/08, para realizar todo o processo da pesquisa da universidade. Compostos por um conjunto de microrganismos vivos, eles serão lançados na lagoa para “orquestrar” e organizar os microrganismos já existentes no sistema lagunar. Em formato de bolas sólidas ou em líquido, eles destroem os resíduos (lixo orgânico) nas lagoas.

Como funciona o processo

O ecossistema local reúne uma parte de microorganismos bons, uma parte de nocivos e outra de neutros. Os bioinsumos vão potencializar os microorganismos neutros, ‘treinando-os’ para que trabalhem junto com os positivos, resultando na revitalização progressiva do ecossistema.

Os dejetos das lagoas serão, então, transformados em novos resíduos, e estes servirão de alimento para peixes, camarões e pássaros, reativando a cadeia local.

Pesquisador da UFF: rios vão virar estações de tratamento

O coordenador do programa Lagoa Viva pela UFF, o pesquisador Estefan Monteiro da Fonseca, especialista em geoquímica ambiental, explica que, até chegar à lagoa, as águas dos rios já serão tratadas.

“O que vamos fazer é transformar os rios em estações de tratamento. Para isso, usamos pequenas matrizes, em formato de bolas ou tijolinhos de lama, mais o melaço, que não estraga, e os microrganismos. Esses microrganismos estão ‘dormindo’, e em contato com o melaço ‘acordam’ (o que chamam tecnicamente de “ativação”) e começam a “trabalhar”, diz, destacando o processo inteiramente sem química.

O professor detalha o procedimento:

“Lançamos as bolas repletas de microrganismos na lagoa e, a partir daí, sempre que a água com esgoto ou dejetos passar pelo rio, já levará esses microorganismos para a lagoa. Portanto, ao longo do ciclo, os rios já serão tratados e, chegando à lagoa, haverá uma autodepuração.”

Durante todo o tempo de estudo, os pesquisadores da universidade analisaram o bioma local e desenvolveram diferentes cenários para os lançamentos dos microrganismos, sejam para os períodos pós-chuva, pré-chuva e para tratamentos de choque que venham a ser necessários. É um modelo calibrado para as condições encontradas em Maricá, para oferecer as respostas mais eficientes e sustentáveis.

Ministério da Agricultura, Ibama e Anvisa aprovaram

A técnica dos bioinsumos a ser utilizada em Maricá já foi analisada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento; pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama); e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tem registros e licenças de todos esses órgãos, que comprovaram ausência de riscos para o meio ambiente.

No Japão, onde foi criada, a técnica é largamente difundida no saneamento de cidades pequenas, que em casos particulares utilizam somente esse método para o tratamento do esgoto. E até com certa sofisticação: a depuração da água ocorre quando ela sai dos canos das casas. Assim que a pessoa aciona a descarga, um pó com microorganismos é atirado na água, que já começa a ser tratada, de maneira natural e sem química, naquele instante.

O investimento da Prefeitura no programa Lagoa Viva é de R$ 16 milhões, parte de um conjunto de projetos de Maricá com a UFF que totalizam cerca de R$ 60 milhões. A estimativa dos pesquisadores é de que a revitalização comece a apresentar os primeiros resultados num prazo de seis meses.

 

No dia 24 de Julho de 2021 o prefeito de Marica, Sr. Fabiano Horta, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (CODEMAR), Sr. Olavo Noleto, visitaram juntos com a equipe AEQUOR, as dependências do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Biotecnológicas – Biofábrica. Na ocasião foram discutidos assuntos como sustentabilidade do projeto e possíveis pesquisas a serem executadas na Biofábrica. Foi um grande orgulho a visão dos brasões da prefeitura de Maricá e da Universidade Federal Fluminense na mesma placa. A parceria de ambas as instituições por si só já representa uma grande inovação que somada aos inúmeros projetos de pesquisa a serem executados na Biofábrica já previstos, prometem ficar registrados na história. Parabéns a todos os colaboradores cujo trabalho conjunto representa o verdadeiro significado do “quorum sensum” (Trabalho em conjunto promovido pro espécies microbiológicas no meio ambiente).

O primeiro grande passo do AEQUOR está sendo dado. A Biofábrica está prestes a ser inaugurada!!! Ela consiste de um centro de desenvolvimento de biotecnologias, que compreendem estudos na área de microorganismos para depuração de ambientes poluídos e até a utilização destes organismos para a produção de ração para a piscicultura. Nós do AEQUOR não vemos a hora de colocarmos a “mão na massa”!!!

Na primeira semana de julho a equipe AEQUOR visitou Campinas/SP com seus especialistas em aquicultura para se aprofundarem nas técnicas de cultivo intensivo de camarões. Lá, visitaram duas fazendas que abastecem a região. Nas reuniões com os produtores, levantou-se os acertos e erros dos processos de instalação dos cultivos. A viajem se mostrou bastante produtiva, servindo inclusive para firmar parcerias para a instalação de um cultivo escola onde os alunos da UFF poderão ser treinados. VAI AEQUOR!!!

Na última semana de Junho a equipe AEQUOR esteve na fazenda Ibiaci, no bairro do Espraiado, em Maricá. Lá foi discutido a respeito da possibilidade da utilização de parte da área da Fazenda para a instalação de um cultivo-escola de camarões pelo método intensivo, ou seja, em tanques. O método inovador se mostra extremamente interessante economicamente, uma vez que sua produtividade é bem maior que os métodos tradicionais. Outra característica importante é o fato de apresentar impacto zero para o meio ambiente, uma vez que a água utilizada é recirculada, não havendo troca com os corpos d’água vizinhos.

No dia 24 de Junho, a equipe CODEMAR, liderada pelo presidente da instituição, o Sr. Olavo Noleto, foi visitar as obras da biofábrica. Também participaram da reunião a fiscal de contrato, Sra. Tânia Recalde e o Diretor de Desenvolvimento, Sr. Willian Higa. Na ocasião discutiu-se questões da obra assim como o potencial de ativação da unidade e futuros planos de uso para os microorganismos eficazes.

Começaram as obras do que será um dos maiores complexos de pesquisa em saúde ambiental do Brasil. O AEQUOR, laboratório de estudos oceanográficos e limnológicos, começou a ser construído nesta semana. A obra esta prevista para durar cerca de três meses. No espaço estão previstos 6 laboratórios nos quais serão estudados poluentes das mais diversas naturezas como microplásticos, metais pesados, desruptores endócrinos, entre outros. Os pesquisadores e alunos poderão contar ainda com auditórios onde serão ministrados cursos nas mais diversas áreas. A equipe AEQUOR está doidinha para ver o resultado. Acompanhe nosso projeto e comprove você também as novidades desse projeto!!!

Entre os dias 17 e 18 de junho representantes da CODEMAR, SANEMAR e a equipe AEQUOR visitaram a sede da AMBIEM, em Lauro de Freitas para discutir e debater a respeito dos métodos que serão desenvolvidos em Maricá. A reunião foi conduzida pelo Engenheiro Cid Simões, com apoio da Engenheira Paola Segura. Nesta reunião discutiu-se sobre os desafios que serão enfrentados e novas perspectivas de inovação do projeto. A tarde o grupo visitou o condomínio Iberostar para comprovar os resultados animadores da reutilização da água de esgoto tratada com os Micro-organismos Eficazes nos lagos do empreendimento. VAI PLANETA!

Nesta semana a equipe AEQUOR visitou as obras da BIOFÁBRICA e ficou feliz com o resultado até o momento. As perspectivas são de finalização da obra no final do mês de Junho, quando será organizado um evento de inauguração das dependências do centro de pesquisas e monitoramento dos avanços da utilização dos Microrganismos Eficazes. Muita expectativa no ar!!!